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Artigo: Diversidade no Ecossistema de Inovação

por | 25/jan

Artigo original publicado no Portal Na Cuia da Cris.

O termo ‘diversidade’ vem ganhando força nos últimos anos e cada vez mais se fala da importância de construir um ambiente diverso. Mas na prática, como isso funciona? E por que é tão importante falarmos sobre isso?

De acordo com uma pesquisa nacional feita pela Abstartups em parceria com o Sebrae, 87,7% das startups brasileiras dizem apoiar a diversidade. Porém, 26,6% não possuem nenhuma mulher no time, apenas 4,6% empregam pessoas transexuais e 6,7% pessoas com deficiência, somente 5,8% dos founders são negros e 12,6% são mulheres. Se a grande maioria é apoiadora da diversidade, então por que os números ainda retratam minorias absolutas?

O ecossistema de inovação é naturalmente disruptivo e ágil, então, por que não o tornar inclusivo?

É preciso transformar o discurso em números, adaptando o processo seletivo, a cultura organizacional, a gestão e o time. Não basta falarmos que apoiamos a diversidade se não fizermos nada prático que a torne nossa realidade.

A diversidade e inclusão social acarreta grande impacto no ecossistema como um todo, além da representatividade que times diversos trazem, há também uma troca de experiências e ideias que enriquecem a inovação em seu processo criativo.

Além disso, inúmeras pesquisas retratam o aumento da saúde organizacional, da felicidade, da produtividade e até mesmo da rentabilidade. Entre essas, a pesquisa “Diversity Matters: America Latina” da Mckinsey & Company, publicada em julho de 2020, relaciona a diversidade étnica, cultural, de gênero, raça e sexo com a saúde organizacional e a performance financeira em empresas da América Latina e sugere que “a diversidade é um poderoso capacitador de práticas saudáveis e melhores resultados.”

Apoiar a diversidade é um importante passo, mas é necessário que sejamos também comprometidos com ela. O respeito e a diversidade devem estar nas reuniões semanais, nos critérios do processo de seleção, na cultura formal e informal da empresa, na liderança, na forma de gerir, nos valores, e principalmente nas micro ações do dia a dia.

Por Gabriela Aquino, do Manaus Tech Hub