Artigo original publicado no Portal Na Cuia da Cris.
O objetivo de muitas Startups é conseguir investimentos financeiros para dar suporte e continuidade no desenvolvimento e manutenção do seu produto. É muito importante que a sua Startup esteja preparada para quando esse momento chegar e ter toda documentação necessária para poupar o mínimo de tempo possível. Desta forma, uma das principais dicas é estar preparado para uma Due Diligence.
O que é Due Diligence?
Em tradução literal significa diligência prévia, trata-se de uma auditoria solicitada por um investidor ou parceiro. Essa auditoria não tem um formato padrão e é adaptada conforme o negócio e/ou as preocupações do investidor, buscando identificar possíveis fraquezas, pontos de contingência, inconformidades legais, entre outros aspectos.
O momento em que se dá uma Due Diligence é em sempre estágios avançados de negociação, prévio à assinatura do contrato de investimento.
Os principais pontos de atenção dos investidores são aqueles possíveis de trazer maior risco ao investimento ou, como no caso de análise do produto, prover conteúdo para uma tomada de decisão analítica de investimento neste ou noutro produto, se solicitada previamente ao efetivo investimento. São eles: jurídico, financeiro e produto.
Na prática são contratados profissionais das referidas áreas a serem auditadas. Ao final, esses profissionais produzem uma espécie de relatório de auditoria com base nos documentos analisados. Vejamos alguns aspectos dessa auditoria:
1) Jurídico:
– Análise documental como contrato social e possíveis alterações, inscrição em órgãos de classe, registro em órgãos públicos, entre outros da mesma natureza.
– Análise dos registros de propriedade intelectual da empresa, seja de patentes ou direitos autorais.
– Análise dos modelos de contratos praticados, se protegem a natureza do produto e das relações comerciais, bem como se estão atualizados para a realidade sempre de crescimento e mudanças do ambiente de inovação.
– Análise de aspectos trabalhistas do negócio, cumprimento da rigorosa legislação trabalhista brasileira e dos possíveis passivos existentes na empresa.
2) Financeiro;
– Análise da saúde financeira da startup, com investigação documental de relatórios financeiros, contas a pagar e receber, indicadores, previsão de receitas e planejamento orçamentário.
3) Produto/ Mercado;
– Avaliação do produto em si, bem como tudo o que envolve o processo de desenvolvimento e logística, como precificação, forma de entrega, atualizações, software, entre outros aspectos.
Como podemos ver, a Due Diligence pode parecer assustadora ou excessivamente formal para o mundo das Startups, mas é essencial para dar maior segurança aos investidores e, dependendo do resultado, atrair melhores ofertas de investimento. A sua Startup estaria preparada para uma Due Diligence?