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Corporate Venture Capital: o que eu tenho a ver com isso?

por | 19/fev

Artigo original publicado no Portal Na Cuia da Cris.

Se os termos empreendedorismo e startups já caíram na boca do povo nos últimos anos, é possível que você não tenha ouvido falar (ainda) sobre Corporate Venture. Segundo a Endeavor [1]Corporate Venture é a expressão utilizada para caracterizar qualquer esforço de uma corporação para criar novas iniciativas empreendedoras, sejam elas internas ou externas.

Na busca por inovar, as grandes corporações entenderam que criar iniciativas internas do zero não é o único caminho a seguir, muito menos o mais fácil e menos arriscado. Em adição aos esforços internos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, os corporate ventures se apresentam como um meio de acesso a novas tecnologias e modelos de negócios que aceleram o processo de experimentação nas grandes corporações.

Segundo uma recém-lançada pesquisa [3], apenas 28% das empresas têm um programa de corporate venture para investir ou acelerar startups. Os dados apontam que há muito espaço para o desenvolvimento de iniciativas voltadas à colaboração entre grandes empresas e empresas nascentes.

Por outro lado, 38% dos participantes responderam que planejam implementar programas nos próximos dois anos, revelando um aumento do interesse das organizações em atuar no ecossistema de startups. A pesquisa mostra ainda que a maior parte (29%) dos programas foi implementada no último ano, um provável reflexo da necessidade de acelerar a transformação digital no pós-pandemia – 71% responderam que este interesse aumentou depois da Covid-19.

Desde o seu surgimento no final de 2019, o Manaus Tech Hub (MTH) [4] tem sido um espaço de promoção da inovação aberta para grandes empresas se conectarem a startups, principalmente na região de Manaus. Em março, o MTH iniciará o seu primeiro programa voltado a Corporate Venture locais. Chamado Conexão Distrito [5], o objetivo do programa é conectar empresas do Polo Industrial de Manaus a startups nacionais que possam resolver problemas identificados nas indústrias participantes.

Se Corporate Ventures têm se mostrado um caminho mais seguro para grandes corporações se conectarem a startups, Aceleradoras têm desempenhado um papel valioso ao criarem programas específicos para corporações que desejam se conectar a startups, mas ainda não sabem como fazê-lo. As enormes diferenças entre grandes corporações e startups muitas vezes criam obstáculos que frustram as tentativas de interações entre as duas partes.

Por Paulo Melo

Gerente Sênior de Novos Negócios do Sidia e do Manaus Tech Hub